Estudo aponta que Floresta amazônica já emite mais gás carbônico do que absorve
Por Kalill José Viana da Páscoa
Reconhecida mundialmente por sua importância como sequestradora de carbono de carbono da atosfera, os impactos antrópicos sobre a floresta Amazônica estão colocando em risco esse importante serviço ecológico. Pesquisa do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), aponta que regiões da floresta afetadas pela degradação ambiental estão levando o conjunto da Amazônia a emitir mais carbono do que consegue absorver. E as principais causas para que isso ocorra são as queimadas e o desmatamento. Contudo, os pesquisadores descobriram que efeitos secundários do desmatamento também tem destaque. As emissões indiretas se devem a efeitos ecológicos ligados ao desmatamento como a diminuição das chuvas em áreas desmatadas e o aumento das temperaturas locais, tais efeitos geram um “estresse” na vegetação remascente, levando ao desequilibrio do processo de fotossíntese, fazendo com que as árvores emitam mais CO2 do que em situações normais. A pesquisa estima que atualmente floresta emita 0,29 bilhão de toneladas de carbono por ano para a atmosfera a mais do que consegue absorver.
Fonte: Imagem de Christian Braga/Greenpeace (2020)
Fonte: Imagem de Pok Rie (2018)
Citação:
Gatti, L. V., Basso, L. S., Miller, J. B., Gloor, M., Gatti Domingues, L., Cassol, H. L., … Neves, R. A. (2021). Amazonia as a carbon source linked to deforestation and climate change. Nature, 595(7867), 388-393. doi:10.1038/s41586-021-03629-6
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