O manejo sustentado da candeia
Coordenador: José Roberto Scolforo
contato: scolforo@ufla.br
Avaliação do crescimento, produção e viabilidade de plantios de candeia (Eremanthus erythropappus (dc) MacLeish e Eremanthus incanus (Less) Less) para a produção de óleos essenciais (2001 - atual) As espécies Eremanthus erytropappus e Eremanthus incanus são endêmicas das áreas de Mata Atlântica e Cerrados brasileiros. Sendo que a sua área de ocorrência natural dentro do estado de Minas Gerais totaliza 924.511 Km², uma área maior que o território da França e Alemanha juntos. Comumente chamada de candeia, essas espécies estão entre as espécies florestais mais conhecidas no meio rural do estado. Geradora de renda para pequenos e médios produtores, ela vem sendo usada desde a época da colonização devido a sua grande resistência ao apodrecimento e grande abundância, para a construção de infraestrutura rural (instalações para animais, depósitos de materiais e suprimentos, madeiramento de telhados e principalmente construção de cercas) e mais recentemente para a extração de óleo essencial, cujo principal componente do óleo é o alfa-bisabolol. O objetivo geral é dar continuidade ao projeto “Manejo Sustentado da Candeia”, e o desenvolvimento de tecnologias de manejo e produção para candeais nativos e plantados no estado de Minas Gerais. Nessa fase, além das avaliações do crescimento e desenvolvimento das áreas experimentais, será realizado o estudo do óleo essencial produzido pela espécie, assim como o teor de alfa-bisabolol nas árvores. Para tanto, serão abordados os seguintes objetivos específicos descritos a seguir:
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Aplicar técnicas estatísticas clássicas e espaciais para discriminar as diferenças entre espaçamentos de plantio e tratamentos silviculturais aplicados nas áreas experimentais para a espécie candeia;
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Ajustar, analisar e interpretar modelos de crescimento biológico, em diâmetro a altura do peito (DAP), a partir de uma série histórica representativa do desenvolvimento da espécie, que permitam estimativas de produção ao longo do tempo.
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Ajustar, analisar e interpretar modelos de crescimento baseado no desenvolvimento da copa, que auxiliem no estabelecimento de estratégias de manejo, tais como, definição de intensidade de desbaste e assim estabelecer uma metodologia técnico, científica e operacional do manejo da candeia.
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Cubagem rigorosa de árvores em experimento de candeia plantada Eremanthus erythropappus e nativa Eremanthus incanus para geração de equações para volume, peso de matéria seca, peso de óleo e número de moirões.
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Extração e monitoramento do óleo essencial e do alfa-bisabolol, em experimentos de candeias, para avaliar o efeito de diferentes espaçamentos, adubações, da desrama, da idade e do sítio, e possível modelagem dessas variáveis.
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Coleta de solos nas profundidades de 0-20 e 20-40 cm próximo às plantas cubadas para estudo da relação solo-planta nas propriedades do óleo e do alfa-bisabolol.